sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

FAMÍLIA...

Filhos, neto, genro e nora. Minha família. Filho, filha e neto, meus descendentes, por enquanto. Apesar de já ter ultrapassado os 6.0, ainda tenho a esperança de ver meus bisnetos. Projeto no universo meus desejos e minhas necessidades. Mas, minha turminha anda meio devagar, não demonstrando muita pressa em aumentar as famílias que eles constituíram. No meu tempo, lá pelos anos 70, logo após o casamento, providenciávamos um rebento para alegria dos avós que ficavam na expectativa do primeiro(a) neto(a). Tinha sempre alguém cobrando. Hoje em dia, com a tecnologia, globalização e a corrida para um futuro melhor, vem, indiscutivelmente, na pole position, o curso universitário, a aprendizagem de outros idiomas, especialização, pós-graduação, mestrado, doutorado... e o tempo passando. Sou plenamente a favor da continuação dos estudos, da busca do saber e de novos conhecimentos. A roda continua girando. Se parar, o trator passa por cima.
Tempo longínquo onde sabíamos dividir a passagem da vida com todas as suas etapas. Hoje, a continuação da família é programada, para, três, quatro, cinco ou mais anos. Primeiro os estudos, depois a capitalização, depois a casa própria, o carro e o tempo dos avós passando. Como é que vou ser bisavó com tantas prioridades? Já disse ao meu filho mais velho, que se ele e minha nora continuarem priorizando outras necessidades, vão ser avós antes de pai e mãe. Como? Ainda não sei a resposta. Com a descoberta do DNA, genoma e não sei mais das quantas, logo, logo, vão tornar isso possível. Já temos, há muito tempo o bebê de proveta. Depois surgiram a barriga de aluguel, a inseminação artificial. As pesquisas continuam. Então...
Meu neto, continuação da família, xodó, Pitoco, já está precisando urgente, de companhia. Meu coração ainda tem muito espaço. Quero mais netos gente. Nesta fase da vida tem coisa mais gostosa que ser avó? Duvi-d-o-do.
Ser mãe é como subir as escadarias de uma pirâmide bem alta, procurando o próximo degrau, como se estivesse tateando no escuro, com receio de cair. Cada etapa da aprendizagem nos prepara para a próxima. Quando os filhos se tornam adultos, passando a voar com as próprias asas e tomar as suas decisões, é que chegamos ao topo da pirâmide da vida e onde alcançamos toda a sabedoria da maternidade. Ser avó é descer as escadas com toda calma, tranqüilidade, com a sensação do dever cumprido, usufruindo a história da sua vida até então. O próximo passo? Já não será mais a busca do desconhecido e sim o resultado de cada passo dado na subida da mesma pirâmide.

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